terça-feira, 28 de maio de 2013

ESCREVER É PRECISO II

Atividades para incentivar a escrita - Parte II

  Seguem novas atividades sugeridas e/ou adaptadas da Coleção Armazém de Textos-Leitura e Interpretação.
 
1- Hora do Recreio
   Forme um grupo e invente uma brincadeira para a hora do recreio. Não se esqueça de dar um nome à brincadeira e de fazer as regras, isto é, explicar como a brincadeira acontece e qual é o papel de cada participante.
Nome da brincadeira: ......................................................
Material: ........................................................
Como brincar: ............................................
Sugestão: Colocar em votação as brincadeiras mais divertidas e possíveis de serem feitas durante o recreio da escola.(marcar um dia ou vários dias para serem realizadas)
 
2- Mestre-cuca
   Reúna-se com o seu grupo e, juntos, criem a receita de um sanduíche. Lembre-se da lista e da quantidade de ingredientes, do modo de preparar e do título.
Receita: .........................................
Ingredientes: ...................................................
Modo de preparo: ..................................................
Sugestão: Com a turma, escolher alguns sanduíches (os que parecem ser os mais gostosos, os mais diferentes etc.)e, se possível, combinar com a turma para que tragam os ingredientes e façam um lanche coletivo juntos, com as próprias receitas. Possibilidades de trabalho: preço dos produtos, quantidades adequadas para o grupo, divisão de tarefas, responsabilidade, união, higiene no preparo dos alimentos, verificando os sentidos (paladar, olfato, tato, visão, audição durante o preparo das receitas) etc. Após o lanche, conversar sobre o sanduíche que mais gostaram, o que ficou mais bonito e poderão montar um cardápio de sanduíches com todas as receitas da turma para levarem para casa. Para isso, poderão também utilizar as aulas de informática.
 
3-Vamos fazer um dicionário ?
   Material: papel cartão ou cartolina (pedaço de 40X60 cm); 13 folhas A4; hidrocor; tesoura e grampeador.
   Como fazer: dobre a cartolina ao meio e enfeite a capa como quiser. Entre as duas capas, grampeie as folhas de papel A4. No alto de cada página escreva uma letra do alfabeto com hidrocor. Agora, à medida que você descobrir uma nova palavra e seu significado, registre-a no dicionário que você confeccionou.
Sugestão: Esta atividade é muito rica para as crianças da Educação Infantil III ou do 1º ano do Fundamental, além de conhecerem a ordem alfabética, já dão início ao uso do dicionário (tão necessário posteriormente).
 
4- O aniversário
   Desenhe uma festa de aniversário ( uma festa de seu próprio aniversário ou uma festa para a qual foi convidado). De acordo com o seu desenho, responda às perguntas no caderno:
a) Qual é o nome do aniversariante ?
b) Quantos anos o aniversariante está fazendo ?
c) Quem foi convidado para a festa ?
d) Onde está sendo realizada a festa ?
e) Se de repente falta refrigerante, como a mãe do aniversariante vai resolver esse problema ?
   Agora, crie uma história, no caderno, de acordo com as suas respostas. Não se esqueça de lhe dar um título bem legal.
Sugestão: Outras perguntas poderão ser feitas, como por exemplo, que tipos de brincadeiras fizeram na festa; qual era o tema da festa etc. Nessa atividade poderão ser desenvolvidas as noções de identidade, família, datas etc.
5- História em quadrinhos
   Escolha 2 personagens de história em quadrinhos. Recorte-os, cole-os num quadro (fazer um quadro na folha do caderno) e crie uma conversa entre eles: um pergunta e o outro responde. Depois, confira o seu trabalho com o do colega e descubra os diálogos mais interessantes.
Sugestão: dramatizar alguns diálogos, juntar vários personagens e montar uma história em quadrinhos ou mesmo uma revista.
 
6- De olho aberto
  Observe uma cena e escreva tudo que você vê, colocando em ordem alfabética.
Ex. de cena:
Sugestão: Com as palavras escritas, poderão escrever uma história ou frases (para as crianças menores).
 
7- Fazendo pesquisa
   O gato e o cachorro são animais de estimação. Isso significa que são criados junto com pessoas. Mas é importante saber cuidar deles com carinho. Procure saber o que você deve fazer para deixar seu animal de estimação alegre e feliz.
Reúna-se em grupo ou pesquise individualmente sobre um dos temas a seguir:
. como cuidar do seu cão
. como cuidar do seu gato
. como cuidar de seu peixinho
. como cuidar de sua tartaruga
. como cuidar de seu passarinho
e outros animais de estimação que aparecerem na turma.
Após a pesquisa, o professor poderá reunir os trabalhos e organizá-los no mural, de acordo com o animal escolhido.
Sugestão: O conteúdo "animais" é vasto e rico em possibilidades para essa pesquisa.
 
8- História em quadrinhos II
   Material: revistas de histórias em quadrinhos.
   Como fazer: recorte de revistas em quadrinhos personagens, cenários e os mais diversificados tipos de balões, legendas e onomatopeias. Cole (em seu caderno ou numa folha) os personagens, balões e cenários e crie uma história em quadrinhos com o material que você coletou. Acrescente o que julgar necessário: balões, cenário, diálogos. Depois dê um título bem divertido.
Sugestão: Misture personagens de diversas histórias para ficar bem engraçado. As histórias feitas em folhas A4 poderão ser colocadas no mural da turma ou trocadas entre os alunos para serem lidas.
 
 
Viaje no mundo da imaginação !



segunda-feira, 27 de maio de 2013

ESCREVER É PRECISO...

ATIVIDADES PARA INCENTIVAR A ESCRITA - Parte I

 
   As atividades sugeridas abaixo foram retiradas e/ou adaptadas da coleção Armazém de Textos - Leitura e Interpretação - Ed. PAPI (para crianças de 6 a 8 anos, ou conforme sua criatividade e adaptação, para idades mais avançadas).
   Segundo as autoras Maria Luisa Aroeira e Maria Inês Bizzotto "a leitura e a escrita exigem capacidades e trabalhos distintos para sua aprendizagem; isto é, aprendemos a ler, lendo e a escrever, escrevendo.
   Nesta faixa etária a interdisciplinaridade e a contextualização dos textos são necessárias para a ampliação da visão de mundo, o enriquecimento de ideias, o ganho de informações e, consequentemente, a ampliação do vocabulário."
 
   Portanto, a seguir, encontram-se algumas atividades, que de forma contextualizada, poderão dar início à produção textual, levando o aluno a reconhecer que a escrita é uma importante forma de comunicação.
 
1- Viagem a um país diferente
   Imagine que você tenha viajado para um país chamado Hambúrguer, pois lá as pessoas só comem hambúrguer em todas as refeições. Eles não comem frutas, verduras e nem legumes. Você conseguiria viver lá? Crie um texto contando como foi o seu passeio. Não se esqueça do título.
Sugestão: Você poderá conversar sobre a boa alimentação, que tipos de alimentos devemos consumir para uma vida saudável; falar sobre a pirâmide alimentar, pedir que tragam lanches saudáveis para a sala de aula, fazer um lanche coletivo e muitas outras atividades sobre o tema vida saudável que certamente "essa viagem" irá possibilitar.
Sugestão 2: Você poderá trocar o país "Hambúrguer" por um país real (ou uma cidade, um lugar), porém distante da realidade dos alunos, o que permitirá uma vasta pesquisa sobre o que os alunos imaginam e sobre a realidade do país (lugar) pesquisado. Ótimo para Geografia.
 
2- Seja um inventor
   Agora você é um inventor!
   a) Crie um produto que você acha que facilitaria a vida das pessoas e desenhe-o.
   b) Crie uma propaganda anunciando o produto que você acabou de inventar. Não se esqueça de colocar no anúncio:
. o nome do produto,
. a importância dele,
. onde comprá-lo,
. qual é o preço dele.
Sugestão; Conversar com os alunos sobre diversos tipos de inventos e sua importância para a humanidade. Pesquisar sobre os inventos e seus inventores. Possibilidade de usarem a aula de informática para elaborarem o anúncio, a propaganda do produto criado. Pensarem em outras mídias em que possam anunciar o seu produto e as dramatizarem.
 
3- História coletiva
   Material: fichas com frases indicadoras dentro de uma caixa ou envelope.
   Como brincar: alunos reunidos em grupos. Um aluno do grupo deve ficar responsável por anotar as frases de cada colega. Um outro aluno, escolhido pelo grupo, inicia a brincadeira dizendo "Era uma vez..." e retira uma ficha da caixa e lê a frase. O outro aluno do grupo continua a frase dando uma sequência à história. Cada aluno do grupo deve dar continuidade à história. É importante chegar ao final da história. Se o aluno não conseguir dar um final ao texto, todos os participantes se reúnem para chegarem a uma solução. Terminado o texto, os membros do grupo, escrevem a história no caderno, e devem dar um título bem legal.
   Exemplo de fichas que devem ser recortadas e colocadas dentro da caixa ou envelope:
. Um príncipe perdido numa floresta assombrada...
. Um menino(a) que tinha medo de monstro...
. Um quarto que vivia trancado...
. Um casarão abandonado... etc.
Sugestão: Após os grupos terem lido suas histórias para a turma, você poderá a parte de interpretação e a gramática partindo dos textos criados por eles. Ex: as perguntas serão as mesmas para todos, porém cada grupo responderá (individualmente, no seu caderno) de acordo com o seu texto.(ex. Qual é o personagem principal de sua história? Onde ele vivia, o que fazia? Que parte do texto você considera mais interessante? Justifique sua resposta. Solicite também exemplos ou que sejam retirados do seu texto a parte gramatical que está sendo trabalhada com a turma. Dessa forma, terão orgulho do que escreveram.
 
 
4- Jogo do desfecho
   Material: papel, lápis, cartela de desafios
   Como jogar: recorte os desafios e dobre-os, reúna os alunos em grupos de 5. Cada aluno, na sua vez, retira um desafio e completa a frase de maneira coerente escrevendo-a na folha de papel.
   Terminado o desafio, cada aluno deve lê-lo para o grupo.
Ex. de desafios:
. Foi aí que vi o rato saindo do buraco... Então...
. Esqueci o dinheiro em casa... E agora...
. Quando acordei, o relógio...
. Só percebi que a sacola de compras estava furada quando...
. Abri o pote de sorvete e descobri...
   Agora redija um texto com base no desafio e no desfecho que você criou. Este será o começo da sua história. Não se esqueça do título.
 
5- Você conhece muitas brincadeiras ?
   Pense num jogo que você gosta de brincar.
   Escreva os materiais que você utiliza e descreva  "Como jogar".
Ex. Nome do jogo ou brincadeira: ...................................
      Material: .................................................
      Como jogar ou brincar: .................................................
Sugestão: após terem feito a descrição das brincadeiras e jogos, estes poderão ser colocados no mural da sala como "Brincadeiras preferidas da turma". Poderão perceber se existem brincadeiras mais comuns entre a turma, entre meninos e meninas; ainda poderão pesquisar de onde se originam essas brincadeiras e as brincadeiras e jogos de antigamente (do tempo dos seus pais, avós). Se houver possibilidade, algumas dessas brincadeiras podem ser feitas em aula, no recreio, na aula de educação física.
 
Escrever pode ser muito divertido e prazeroso !

 


domingo, 19 de maio de 2013

Cursos de Capacitação



 
 
 
 
 
 
 
Espaço do Professor
 
Treinamento, Cursos de Capacitação e Atualização, Consultoria
 

Apresentação:

                Espaço criado para repensar a prática pedagógica, possibilitando uma formação continuada aos professores para que, cada vez mais, realizem melhor suas funções docentes.

                O objetivo deste trabalho é levar às instituições de ensino a possibilidade de permanente aprimoramento, aperfeiçoamento, reflexão e discussão de temas de interesse da equipe pedagógica da escola.

                Os trabalhos propostos abaixo, poderão ter a duração que a instituição desejar, sendo então oferecidos em forma de oficinas, seminários, palestras, cursos etc. A escola também poderá sugerir temas de maior interesse no momento.

                O projeto escolhido será realizado nas dependências da escola, em dia e hora previamente marcados.

Alguns projetos  propostos:

1-      Uma escola, muitas ideias...

. O perfil do profissional de Educação nos dias atuais
             . Atuação do professor hoje e suas relações interpessoais
             . Ontem e hoje: avanços e controvérsias enfrentados pelo professor
             . O papel do professor e a função de educar
             . Reflexões da prática docente: impasses do dia a dia na relação professor-aluno-família
             . Sala de aula: lugar para desenvolver ideias

 

2-      Psicomotricidade

. O corpo vivido
             . O jogo na psicomotricidade
             . A linguagem do corpo

 

3-      O lúdico na vida social e afetiva

. Importância, significado e funções dos jogos
             . Aspectos psicológicos
             . O jogo como instrumento para aprendizagem

 

4-      Laboratório de ideias

. Aprendizagem global através de uma visão interdisciplinar
             . Integração de conteúdos
             . Temas transversais

 

5-      Quem conta um conto, aumenta um ponto

. Através de histórias infantis, estimular a escrita e a oralidade


6-      Quando o brincar é coisa séria

. A importância do lúdico na aprendizagem
             . Tipos de jogos

 

7-      Dinâmicas de grupo para sala de aula

. O que é dinâmica de grupo
             . Tipos de Dinâmicas
             . Dinâmicas de grupo para a aprendizagem

 

Algumas sugestões para palestras:

1-      Disciplina

2-      Os 4 perfis mais comuns de aprendizagem

3-      Planejamento e ação docente

4-      Dicas para os pais sobre o desempenho escolar dos filhos

5-      Os 4 Ps da Educação

6-      Conhecendo as diferentes gerações

 

Coordenação :

Elizabeth Oliveira
. Psicóloga (CRP:05/7606) com formação Psicanalítica
. Pós graduada em Docência Superior e Orientação Educacional e Pedagógica


Perfil profissional:

. Professora do ensino Fundamental e do antigo Pedagógico
. Psicóloga clínica desde 1982
. Professora Assistente da Universidade Santa Úrsula no período de 1989 a 1991
. Coordenadora de cursos e grupos de estudo em Educação e Psicologia (em Niterói, Campos e Curitiba)
. Diretora de creche no período de 1989 a 2002
. Coordenadora e Orientadora educacional em escolas


Contato:

 

               lizoliveira@oi.com.br

Blog: Laboratório de Ideias
          professoraelizabetholiveira.blogspot.com


 
 


 


“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”

Cora Coralina

sábado, 18 de maio de 2013

Que tipos de professor você conhece ?


O texto a seguir é baseado nos interessantes tipos de professor que Gabriel Chalita distingue em seu livro Educação – A solução está no afeto , Editora Gente.

                Leiam e reflitam como, em vários momentos, mesmo sem perceber, passeamos pelos diversos tipos de professor que seguem abaixo.

 

1-      PROFESSOR ARROGANTE : se acha o detentor do conhecimento, fala de si o tempo todo e coloca os alunos num plano de inferioridade. Não gosta de ser interrompido, não presta atenção quando algum aluno quer lhe contar um feito seu.

Atenção: a autoafirmação é prejudicial e provoca muita rejeição.

 

2-      PROFESSOR INSEGURO : tem medo dos alunos, teme ser rejeitado e não conseguir dar uma boa aula embora tenha preparado tudo. Teme que os alunos não gostem de sua forma de avaliar; receia que os pais dos alunos, a direção da escola e os demais professores não gostem de seu potencial como educador.

Atenção: o medo paralisa e dificulta o crescimento profissional.

 

3-      PROFESSOR LAMURIANTE : reclama de tudo o tempo todo; por exemplo: da situação do país, da escola, da falta de participação dos alunos, da falta de material para dar um bom curso, do currículo, das poucas aulas que tem para ministrar sua matéria. Passa a impressão de que está arrasado e não encontra prazer no que faz.

Atenção: a dignidade de um profissional é requisito básico para uma relação de trabalho.

 

4-      PROFESSOR DITADOR : não respeita a autonomia dos alunos. Parece um comandante em ação, exigindo disciplina a todo custo. Não quer nem um pio, ninguém entra atrasado, ninguém sai, grita e ameaça mesmo que o silêncio já reine na sala.

Cuidado: poder e respeito não se impõem, se conquistam.

 

5-      PROFESSOR BONZINHO : tenta forçar amizade com os alunos. Traz presentes, dá notas altas indiscriminadamente. Os alunos decidem se querem provas com ou sem consulta, em grupo ou individualmente. Concede outra chance e dá outra prova para quem foi mal, idêntica à anterior só para tirar uma nota melhor.

Atenção: amizade também é um processo de conquista e a função do professor vai muito além da amizade.

 

6-      PROFESSOR DESORGANIZADO : aparece em aula sem a menor ideia do que vai tratar. Não lê, não prepara as aulas e se transforma num enrolador. Não faz planejamento, inventa na hora a tarefa que vai propor e na aula seguinte esquece de cobrar o que havia pedido.

Atenção: a organização é prova de compromisso que o professor tem com os alunos. O profissional precisa de método e a improvisação, às vezes necessária e enriquecedora, não prescinde de planejamento.

 

7-      PROFESSOR OBA-OBA : para ele tudo é festa, adora dinâmicas. Traz e propõe muitas atividades o tempo todo, porém falta-lhe estabelecer com os alunos a relação dessas atividades com o conteúdo da matéria que cabe a ele ministrar.

Atenção: filmes, músicas, dinâmicas de grupo, reportagens, passeios são extremamente interessantes, desde que não se faça isso sempre (toda aula), porque os alunos sentem falta do nexo com a matéria e o que devia ser um elemento agradável e surpreendente, se transforma em aulas sem sentido.

 

8-      PROFESSOR LIVRESCO : tem uma vasta cultura, possui profundo conhecimento da matéria, porém não consegue relacioná-la com a vida, com o cotidiano. Não utiliza nenhuma dinâmica, não muda a tonalidade da voz, permanece o tempo todo em apenas um dos cantos da sala e suas ações são totalmente previsíveis. Não importa se o aluno está acompanhando ou não, o professor quer dizer tudo o que preparou para ser dito.

Cuidado: aulas assim se tornam cansativas, é necessário mudança na metodologia.

 

9-      PROFESSOR “TÔ FORA” : não se compromete com a comunidade acadêmica. Não quer saber de reunião, de preparação de projetos comuns, da vida comunitária. Ele dá aula e vai embora. Muitas vezes é bom professor, mas não evolui sua relação social nem o conteúdo interdisciplinar porque não está presente. Alguns se tornam arrogantes por achar que não têm o que aprender.

Atenção: o processo educacional é comunitário. O bom ambiente escolar depende da participação de todos. A troca de experiências é imprescindível.

 

10-   PROFESSOR DEZ QUESTÕES : ele reduz tudo o que ministrou num só bimestre a um determinado número de questões (10, 9, 15, não importa). Geralmente passa toda a matéria no quadro ou na forma de ditado. Quando há livro, pede que os alunos leiam o que está ali e façam um resumo ou respondam às questões (que, em sua maioria, não são relacionais e não são críticas).No fim do bimestre o professor apresenta algumas questões que os alunos devem decorar para a prova. No próximo bimestre, como o ponto é outro, haverá outras “10 questões” para ser decoradas e assim sucessivamente: a aprendizagem não significou nada a não ser algumas técnicas de memorização.

Atenção: é fundamental a utilização de novos recursos e mesmo o resumo, quando solicitado, é importante fonte de conhecimento e aprendizagem, orientando o estudo para os pontos principais, servindo de roteiro de estudo, não apenas como memorização.

 

11-   PROFESSOR TIOZINHO : é o que gasta as aulas dando conselhos aos alunos, os trata como sobrinhos e tenta saber tudo sobre a vida deles fora da escola, emitindo sua opinião em assuntos que não competem a ele.

Atenção: amizade e confiança não podem ser forçadas e nunca para que o aluno se sinta obrigado a expor sua vida particular em sala de aula.

 

12-   PROFESSOR EDUCADOR : o professor que se busca construir é aquele que consiga de verdade ser um educador, que conheça o universo do educando, que tenha bom senso, que permita e proporcione o desenvolvimento da autonomia de seus alunos. Que tenha entusiasmo, paixão; que vibre com as conquistas de cada um de seus alunos, não discrimine ninguém, não se mostre mais próximo de alguns, deixando os outros à deriva. Que seja participativo, que suas opiniões possam ter sentido para os alunos, sabendo sempre que ele é um líder que tem nas mãos a responsabilidade de conduzir um processo de crescimento humano, de formação de cidadãos, de fomento de novos líderes.

Atenção: ninguém se torna um professor perfeito, pois sabe que continua precisando aprender, sendo capaz de rever seus métodos, ouvir outras ideias e sempre tentar ser melhor.

 

Portanto, mesmo que às vezes você perceba um comportamento de professor arrogante, às vezes inseguro, reclamando vez por outra, certos dias com ares de ditador e em outros sendo bonzinho, com dias de desorganização; em outros, improvisados, querendo festa, às vezes com aulas chatas e maçantes, por vezes achando que as reuniões não levam a nada, para facilitar incentiva ocasionalmente a decoreba e, através de toda a tecnologia atual, a vida particular dos alunos e a sua própria ficam demasiadamente expostas; isso o faz refletir e,  se você gosta do seu trabalho, procura novas formas de se aproximar mais de seus alunos, tenta novos recursos para suas aulas, está em constante busca de conhecimento e atualização profissional, se você ama o que faz, logo está no caminho de ser um professor educador. Fique sempre atento, reavalie constantemente sua atuação em sala de aula, troque experiências, leia muito, se atualize, mantenha o compromisso acadêmico e a paixão pela educação.

Tenha orgulho de ser Professor!

 


Quando o brincar é coisa séria



 




“ Brincar não é perder tempo, é ganhá-lo. É triste ter meninos sem escola, mas mais triste é vê-los enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação humana.”

Carlos Drummond de Andrade

Quando o brincar é coisa séria

I- Introdução

Quando falamos em brincar logo pensamos em crianças, já que as brincadeiras são suas atividades naturais, sendo também um meio muito rico de comunicação com o mundo externo. A brincadeira nunca é somente  uma brincadeira é também sempre uma aprendizagem.

A aprendizagem pela brincadeira se dá quando a criança tem oportunidade de ao brincar criar, explorar, destruir, fantasiar e construir sua própria história.

Assim como para o adulto a comunicação se dá através da linguagem  falada, a comunicação da criança é feita através das brincadeiras, permitindo a reprodução de situações do dia - a - dia.

Outro fator importante para se brincar está no vínculo que é criado entre as crianças e seus pais, facilitando o diálogo que é fundamental entre eles durante toda a vida.

Brincando a criança poderá usar e explorar sua criatividade, sua raiva, seu medo, alegria e  ter  relacionamentos mais saudáveis, diminuindo a probabilidade de dificuldades no futuro.

Também permite que a criança reconheça o outro, aprenda as regras que terá de praticar durante sua vida, descobre sua personalidade, aprende a viver em sociedade e se prepara para as funções que assumirá na vida adulta.

Se o brincar é tão importante no desenvolvimento da criança, é também fundamental para o desenvolvimento da linguagem e da fala. A adequada aquisição e desenvolvimento da comunicação depende de vários fatores entre eles: o biológico, o afetivo e o social.

 

II- A importância do lúdico na aprendizagem

Pedagogos e psicólogos estão de acordo em que o jogo infantil é uma atividade física e mental que favorece tanto o desenvolvimento pessoal como a sociabilidade, de forma integral e harmoniosa. A criança evolui com o jogo e o jogo da criança vai evoluindo paralelamente ao seu desenvolvimento, ou melhor dizendo, integrado ao seu desenvolvimento.

Independente da época, cultura e classe social, os jogos e os brinquedos fazem parte da vida da criança, pois elas vivem num mundo de fantasia, de encantamento, de alegria, de sonhos, onde realidade e faz-de-conta se confundem.

O jogo está na gênese do pensamento, da descoberta de si mesmo, da possibilidade de experimentar, de criar e de transformar o mundo.

O caráter de ficção é um dos elementos constitutivos do jogo e, é um modo de expressão de grande importância, pois também pode ser entendido como um modo de comunicação em que a criança expressa os aspectos mais íntimos de sua personalidade e sua tentativa de interagir com o mundo adulto.

Pelo jogo as crianças exploram os objetos que os cercam, melhoram sua agilidade física, experimentam seus sentidos, e desenvolvem seu pensamento. Algumas vezes o realizarão sozinhos, em outras, na companhia de outras crianças, desenvolvendo também o comportamento em grupo. Podemos dizer que aprendem a conhecer a si próprios, ao mundo que os rodeia e aos demais. Tanto meninos quanto meninas expressam através de seus jogos grande parte dos usos e relações sociais que conhecem. O jogo é, sinal, um meio extraordinário para a formação da identidade e a diferenciação pessoal.

Portanto, o brincar é uma atividade lúdica que engaja as emoções, o intelecto, a cultura e o comportamento e é de grande importância que os professores compreendam e utilizem o jogo como recurso privilegiado de sua intervenção educativa.

Piaget (1951) vê o brincar das crianças como um modo de aprender a respeito de objetos novos e complexos, um modo de considerar e ampliar conceitos e habilidades, e um modo de integrar o pensamento com as ações. A maneira pela qual as crianças brincam em cada ocasião depende de seu estágio de desenvolvimento cognitivo.

Piaget classificou os jogos em 3 tipos:

1- jogo sensório-motor, em que a criança procura dominar uma habilidade e, então, a repete por simples prazer (0 – 2 anos);

2- jogo simbólico, em que a criança “faz-de-conta” usando objetos como símbolos de outras coisas (2 – 6 anos);

3- jogos com regras, em que uma modificação das regras muda a natureza do jogo. Frequentemente implicam a participação de grupos (6 anos ou mais).

De acordo com Thorndike (em Kimble, 1961), brincar é um aprendizado. A infância é, portanto, a aprendizagem necessária à idade adulta. Estudar na infância somente o crescimento, o desenvolvimento das funções, sem se considerar o brinquedo, seria negligenciar esse impulso irresistível pelo qual a criança modela sua própria estátua. Não se pode dizer de uma criança “que ela cresceu” apenas, seria preciso dizer “que ela se torna grande” pelo jogo. Pelo jogo ela desenvolve as possibilidades que emergem de sua estrutura particular, concretiza as potencialidades virtuais que afloram sucessivamente à superfície de seu ser, assimila-as e as desenvolve, une-as e as combina, coordena seu ser e lhe dá vigor.

Então, como transformar o jogo infantil em recurso pedagógico, de construção de conhecimento pelas crianças e como instrumento de organização autônomo e independente das mesmas?

Esperamos que o jogo seja incorporado no currículo como um todo, e as questões colocadas no seu desenrolar possam fazer parte de pesquisas desenvolvidas em atividades dirigidas pelas crianças, ampliadas através de passeios, observação da natureza, projeção de vídeos, escuta de música, leituras etc.

Entre os psicólogos, Gross foi o primeiro a insistir no papel do jogo como pré-exercício. É muito claro que o jogo exercita não apenas os músculos, mas a inteligência; dá flexibilidade e vigor,  e igualmente, proporciona o domínio de si. Ele educa mesmo os sentimentos; há jogos para não se ter medo, e os que consistem em imitar os próprios sentimentos da vida humana.

A atividade lúdica exerce grande influência no desenvolvimento social da criança e esta, quando brinca, tonifica seus prazeres e torna sua vivência mais feliz.

 

III- Conclusão

            A criança adquire experiência brincando. A brincadeira é uma parcela importante da sua vida.

            A brincadeira fornece uma organização para a iniciação de relações emocionais e assim propicia o desenvolvimento de contatos sociais.

            Portanto, as brincadeiras servem de elo entre, por um lado, a relação do indivíduo com a realidade interior, e, por outro lado, a relação do indivíduo com a realidade externa ou compartilhada.

 

IV- Bibliografia

- Winnicott, D. W. – A criança e o seu mundo

- Rodrigues, Marlene – Psicologia Educacional-Uma crônica do desenvolvimento humano

- França, Gisela W. – O papel do jogo na educação das crianças

- Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil

- Revistas Nova Escola

 

Bem-vindos !

Olá !

" Ensinar é transmitir o que se sabe a quem quer saber, portanto é dividir a sabedoria. Essa divisão, porém, não segue as leis matemáticas. Em vez de o conhecimento diminuir, ganha-se algo mais. Ensinar faz com que o mestre atualize seu saber, abra a própria cabeça para perguntas. Os questionamentos revolvem os neurônios em busca de novas respostas, reativando o cérebro, revivendo a alma."
(Tiba, Içami. Ensinar Aprendendo: como superar os desafios do relacionamento professor-aluno em tempos de globalização. SP, Editora Gente, 1998)
 
 
Bem-vindos a este espaço destinado a todos que têm prazer em ensinar e aprender.
Aqui teremos dicas de atividades, textos reflexivos para a prática docente, textos informativos e outras questões ao longo do tempo.
Espero contar com a participação de todos através de comentários e sugestões de temas de interesse.
Até breve !
Elizabeth Oliveira